RELEMBRANDO

BODAS DE DIAMANTE

O senhor Walmor Kuwer associou-se em 1951, quando ainda era solteiro e participou de quase todas as fases do clube. “Freqüentei muitos bailes, joguei bolão e assisti orquestras estrangeiras maravilhosas”, relembra. Em especial, fez questão de registrar com muito carinho à noite do seu casamento com a senhora Irene Casagrande, há 60 anos, Bodas de Diamante.

“Associei-me ainda muito jovem quando Guilherme Dal Ri era presidente. Precisavam de dinheiro para terminar a parte de baixo da Sociedade Recreio, então filhos de sócios pagaram 50% da jóia na época e o clube angariou fundos para concluir a obra. Muitos amigos meus ingressaram desta maneira. Lembro-me de um Baile de Carnaval organizado no cinema porque a Recreio ainda estava em obras. Tiraram todas as cadeiras e nós ocupamos o salão do cinema para pular e dançar”.

Participou do grupo de bolão 1º de Outubro que existiu de 1939 até 1966. “Joguei bolão por mais de 20 anos... eu adorava, era ótimo! Pagávamos mensalidade para jogar e quando sobrava dinheiro, fazíamos churrasco nas canchas atrás do clube. Sinto falta do tempo em que encontrava os amigos aqui”. Alguns componentes deste time foram Aquilino Libardi, Bruno Muller, Eugênio e Ângelo Benetti, Horst Volk, Karl e Rolf Rosenfeldt, Lindolfo Ruschel, Urbano Spengler, Evaldo e Rudi Sorgetz, Nailor e Flávio Balzaretti, Setembrino Boniatti, Willy Fassbinder e Waldomiro Manéa.

 

Gramado, 1960. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família

 

“Jamais esquecerei orquestras como Cassino de Sevilha e Cassino de Santa Cruz. Quem chegava à portaria e estivesse com a mensalidade de sócio atrasada não poderia entrar”, comenta.

 

Gramado, 1960. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família


Com emoção, lembrou-se da noite de seu casamento, fria e chuvosa em 30 de janeiro de 1960, no clube de alvenaria recentemente construido. Os noivos tinham religiões distintas e enfrentaram dificuldades para realizarem o sonho do casamento. “Sou evangélico e ela, católica. Decidimos com o pastor, realizar a cerimônia na Sociedade Recreio, um lugar neutro e tradicional”. Explicou que casamento entre evangélicos e católicos não era proibido, apenas um pouco complicado, naquela época. As interpretações do evangélico e do católico da Bíblia são diferentes e as cerimônias também.

“Tudo aconteceu aqui e foi muito bonito! O pretor registrou o casamento civil, a cerimônia religiosa foi ministrada pelo pastor e o economato fez o nosso jantar”, registra. Naquela época, o casal de ecônomos era o senhor Luiz Roldo e a senhora Iracema Libardi. “No ambiente da festa havia uma mesa comprida, onde toda a nossa família e amigos estavam presentes. As cerimônias iniciaram cedo. Depois comemoramos com o jantar e dançamos até a meia noite”, conta.


 

  

 

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