RELEMBRANDO

SEMPRE JUNTOS

Roque Silva há mais de 45 anos contribui com a história do clube e conta algumas das lembranças de momentos que viveu na nossa Sociedade Recreio Gramadense. Integrante do Conselho Deliberativo atua com muita experiência na parte burocrática e acompanhou a evolução.

“Lembro que na década de 1970, era muito rigoroso se associar a Recreio. Clube tradicional de Gramado, muito restrito. Aqui entrei trabalhando, fazendo cobranças. Através do meu trabalho, após um ano, consegui adquirir um título de sócio. Forasteiro não entrava. Mulher solteira não podia se associar, permanecia como depende do pai que já era sócio ou ingressava com o marido, após o matrimônio. Participei de três alterações de Estatuto, e é um processo muito difícil e envolve mudanças importantes. Havia tipos de associados de antigamente, sócio contribuinte, sócio patrimonial, sócio permanente. As pessoas compraram e venderam os títulos como se fossem ações”, recorda. 

 

Roque  e Elisa Silva, Waldemar e Giselda Zortéa, Terezinha e Irineu Dinnebier, Angela Kuhn, Luis Carlos Siveira, Mafalda e Gentil Tisott, Sílvia Zorzanello, Glacenir e Pedro Henrique Benetti, década de 80. Foto: S.R.G   

 

No bolão, Roque começou armando os pinos. “Durante o dia eu trabalhava e depois vinha para o clube para armar o jogo e assistir. Após alguns anos fiz parte do Tuyuty, um dos blocos fundadores da Recreio. Eu jogava toda a sexta feira à noite e adorava! Aprendi a jogar com o Bruno Muller, o capitão do Tuyuty e com o Urbano Spengler, meu patrão na época. Tenho muitas lembranças boas desse esporte que foi tão valorizado aqui. Campeonatos Estaduais, Campeonatos Internos, os amigos envolvidos, a vibração da torcida sempre muito emocionante! O sócio, que jogava bolão pagava ainda uma taxa especial para o clube”. Sobre o “Carteado” lembra-se quando chegava para trabalhar no Banco de manhã e encontrava a turma que havia passado a noite jogando, indo embora...

Sempre envolvido, iniciou no carnaval com os “Monarcas do Ritmo” bloco muito procurado pelos jovens, naquela época. Esteve presente na criação do Orbis Clube na Sociedade Recreio Gramadense e com a Diretoria realizou muitos shows.“Organizamos o tradicional Baile de Debutantes com a valsa dos cadetes. Faltavam sempre mesas, era fácil de vender os convites”, diz. 

  

Roque Silva, Relembrando na Recreio. 2019. Foto: S.R.G 

 

Sobre o projeto Recreio 2000, “lembro quando o Coletto transformou o clube, com muita luta, para manter as reformas. Antigamente a comunidade participava mais, se envolvia de verdade. Ele liderou um projeto muito corajoso e necessário. Poucas instituições até hoje se mantem como a Recreio, que é um clube social de primeira. O mais importante é a cultura de recuperar e proporcionar eventos com várias gerações, reuniões sociais, familiares. Nos últimos 15 anos, com a minha família participo de todos os réveillons. Sempre juntos, festejamos neste lugar seguro, confortável, onde pessoas mais novas e mais velhas se encontram".

 

 

 

  

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