RELEMBRANDO
PRÁ QUE DINHEIRO
A família de Darci Michaelsen sempre teve envolvimento expressivo na Recreio Gramadense. “Meu pai, Arno Michaelsen foi Prefeito de Gramado de 1960 a 1963. Muito atuante no clube, ele jogava bolão nos Vampiros" conta. Arno e Angelina Michaelsen, 1960. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Lealdo e Zely Willrich, Arno e Angelina Michaelsen, Willy e Cecilia Klement. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Dorli Michaelsen, Rainha da Sociedade Recreio Gramadense, 1960. 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Minhas irmãs, Dorli foi rainha da Sociedade Recreio Gramadense e a Delci debutou em 1964. Os encontros da maioria das famílias de Gramado, aconteciam neste lugar onde passei realmente uma parte muito bacana da minha vida. Eu vinha à boate aos sábados à noite e matines dançantes aos domingos à tarde. Programação mais do que especial. Na sacada da Recreio, foi onde falei com minha esposa, pela primeira vez em 1971. Naquele tempo em que se dançava junto”... Delci Michaelsen, Carnaval Infantil, 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Delci Michaelsen, Baile de Debutantes, 1964. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Ligado às festas, música e arte, Mica relembrou uma linda fase dos anos 60 quando havia apresentações artísticas do Ginásio São Pedro, as formaturas, as festas do Colégio das Irmãs. “Existiam duas academias de acordeon a Verdi, da Professora Helena Jungblud e Schumann, da minha irmã Dorli e da Dona Vandora, esposa do seu Antônio ferroviário, o chamado guarda chaves, que cuidava da estação de trem. Em maio de 1961, aconteceu uma apresentação inesquecível da Academia Schumann”. Academia Musical Schumann, 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Humor político já era entretenimento brasileiro, quando poucos tinham televisão em preto e branco. Conhecidos nomes da comédia se reuniam num coral que cantava as mazelas do Brasil em versos. “Inspirados no Coral dos Bigodudos, satirizamos no carnaval de salão com a maior cara de pau. Foi uma produção muito arrojada. A Dona Irma Peccin fez a nossa caracterização, com um camisolão e os bigodes que buscamos em uma roça de milho”. Cordão dos Bigodudos 1961, Laurence Peccin, Darci, Paulo Bertoja, Heino Hoppner, Ivan Bisol, Luciano Peccin e Gilberto Bastos. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Momento peculiar nos carnavais eram as disputas de fantasias e desempenho nas apresentações, que foram aprimorando-se. Aqui em Gramado sempre existiu duas correntes político-partidárias e religiosas, sempre opostas. Havia um bloco muito bonito, Monarcas do Ritmo, bem conduzido e luxuoso", conta. Premiação dos Blocos 1970. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Eu não estava participando de nenhum bloco na época, então organizei um concorrente na parte musical. Com amigos, músicos não profissionais, seresteiros, montamos um bloco que veio a se chamar de Prá que Dinheiro. O nome foi inspirado na música do Martinho da Villa, lançada naquele ano, 1968", resgata. "Prá Quê Dinheiro", 1973. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Criamos o bloco de véspera, um mês antes do Carnaval. Pequeno, só de guris, a maioria derivou do Crentes da Folia. Nossas fantasias confeccionadas pela Marília Daros, de jornal, desmanchavam-se e precisavam ser refeitas a cada apresentação. Fizemos uma produção barata com ironia, justamente para debochar. Entramos no baile de carnaval tocando gaita e cantando “Coração de Luto”. A sátira ao programa do Chacrinha, foi sensacional!", recorda-se. "Prá Quê Dinheiro" Darci Michaelsen, Fabiano Bertoluci (Teixeirinha e Meri Teresinha), Fedoca (India Poti), Raul Beux (Chacrinha). Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Houve um ano que desfilamos com cabeças de Tio Patinhas, maravilhosas, desenvolvidas pela minha irmã. Fizemos sucesso, o Pra Quê Dinheiro foi marcante e divertido. Nossa concentração e ensaios aconteciam na garagem na antiga casa do senhor Walter Bertolucci. Foi uma época espetacular! Durou pelo menos sete anos e até hoje nos encontramos para fazer churrasco, tocar, cantar e ouvir músicas", diz. Darci e Liza Michaelsen. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen Lembra-se que outro tipo de ocasião frequente aqui foram festas de casamentos. "Eventos grandes de Gramado aconteceram aqui, pois durante muitos anos foi a única ou melhor opção. Percebe-se que as bases e os pilares do clube, as famílias tradicionais da cidade permanecem com o apoio de várias outras famílias que vieram para cá". Darci Michaelsen "Relembrando" na Recreio Gramadense. Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense A solidez e sustentação da Recreio estão diretamente ligadas à sua origem. Darci Michaelsen atuou por mais de 10 anos em Diretorias e no Conselho Deliberativo. "Acompanhei de perto o projeto Recreio 2000 e pude contribuir na condução do processo da reforma, liderada pelo Coletto, com a rifa de uma BMW. Temos um clube assentado na estrutura de 105 anos em uma posição maravilhosa! Desconheço outro, no interior, com tamanha pujança e beleza". APOIO:
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BLOCOS DE CARNAVAL
Gramado ainda era Distrito de Taquara e já havia o Carnaval da Recreio. O primeiro baile aconteceu por volta de 1920. À tarde, na Av. Borges de Medeiros, desfile com bandinha, cortejo de foliões fantasiados e carretas enfeitadas puxadas por cavalos conduzindo a Rainha do Carnaval. Desfile de Carnaval de Rua, bloco "Índios Tapuias", 1936. Foto: Arquivo Histórico João Leopoldo Lied O baile começava às 20h, no salão da Recreio Gramadense. De regra, chegava-se mascarado, mantendo suspense até a meia noite quando os foliões revelavam-se. Famílias e amigos veranistas, turistas, gramadenses e canelenses curtiam o carnaval. Carnaval na Recreio, 1925. Foto: Arquivo Pessoal Joecy Zatti Carnaval na Recreio, 1926, bloco "Os Cangaceiros". Foto: Arquivo Histórico João Leopoldo Lied Os “cordões” de amigos com a mesma fantasia apresentavam-se no salão do casarão de madeira com a Banda do Zé Pereira, compostos na sua grande maioria por glamorosas mulheres: “As Garatibas”, “As Camponesas” e “Flor Vienense”, entre outras. As brincadeiras sadias eram batalhas de confetes e pouquíssimo consumo de bebidas alcoólicas, antes da popularização do lança perfume, que também foi muito usado por aqui a partir de 1940. Sentir um jato nas costas enquanto dançava era sinal de que havia um folião interessado e partir daí, começava outro tipo de brincadeira! Carnaval Infantil na Recreio, anos 50. Foto: Arquivo Pessoal Maria Helena Willrich Monarcas do Ritmo, 1974. Foto: Arquivo Pessoal José Luiz Schneider Os Concursos de Fantasias no carnaval infantil causavam ansiedade na criançada e nas caprichosas mamães, com disputas acirradas. Premiações para os melhores blocos no carnaval adulto geravam expectativa. Os adolescentes vinham ao clube comer pastéis, tomar guaraná no carnaval das crianças, desfilando roupas descoladas. Para muitas gerações, significou a estréia na noite Gramadense, vestiam os melhores modelos apenas para assistir as apresentações dos blocos, na companhia dos pais e quando a festa começava iam para casa dormir. Carnaval Infantil na Recreio, 1988. Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense Em 1950 surgiu o bloco “Os Malandros”, turma de solteiros vestidos a rigor. Em 1960 foi à vez de “As Gregas”, “As Mascaradas”, “O Cordão dos Bigodudos”, “Os Tiranos”, “Cavaleiros do Rei Artur”, “Espantalhos”, “Nega Maluca”, entre outros. Os “Surdos e Mudos” era formado por integrantes que não tocavam e nem cantavam... Carnaval na Recreio e a "Sororidade" nos anos 60. Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense Bloco "Apito do Samba". Foto: Arquivo Pessoal Sérgio Bertoja “Apito do Samba”, com dez casais surgiu em 1962 e em seguida, o “Crentes da Folia”, originaram outros dois blocos históricos que surgiram anos depois. "Crentes da Folia". Foto: Arquivo Pessoal Maria Helena Michaelsen "Velhinhos Transviados". Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense Em 1965 foi criado o bloco de casais mais tradicional de Gramado: “Velhinhos Transviados”, anteriormente chamados:“Verdugos Transviados”, “Palhaços Transviados”, “Chineses Transviados”, até sua denominação atual. A partir daí, surgiam “blocos” conduzidos por suas próprias baterias. "Velhinhos Transviados", 1992. Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense "Monarcas do Ritmo". Foto: Arquivo Pessoal Enoir Zorzanello Em 1966, “Monarcas do Ritmo” criado através de uma fusão de outros blocos, marcou época no carnaval do Rio Grande do Sul, por 12 anos. Com exuberantes e luxuosas fantasias, venciam todos os concursos. Levaram o nome de Gramado com destaque por muitas cidades. Desfilaram com as escolas de samba campeãs em Porto Alegre e contaram com a presença de atores famosos e centenas de gramadenses. Na mesma época, o “Prá quê Dinheiro”, nasceu com deboche e muita ironia do encontro de músicos irreverentes. Com uma ritmada e forte bateria, apresentavam um espetáculo de humor e muito talento. Divertidos e criativos, fizeram história no carnaval em nossa cidade e alguns amigos encontram-se até hoje, unidos pela música. "Monarcas do Ritmo", 1971. Foto: Arquivo Pessoal Enoir Zorzanello "Prá Quê Dinheiro". Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen A partir de times de futebol, no começo dos anos 70, o “Jegra” fez parte do carnaval por um ano e “Diz Meu Cafezinho” que homenageou o Bar e Café Cacique, foi fundado por homens solteiros que, mais tarde casaram-se incorporando uma ala feminina, com suas esposas. Em 1979 o bloco “Quis Um Gole” formado exclusivamente por jovens beberrões também evoluiu quando as mulheres começaram a participar em 1991, desenvolvendo Comissão de Frente e Ala das Baianas: quase uma mini escola de samba que brilhou por muitos anos! Blocos bem menores fizeram sucesso, mas apenas por um ou dois carnavais: “Os Provetas”, “As Coelhinhas” e “Os Bundinhas”, nas décadas de 80 e 90. Bloco "Quis Um Gole". Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense "Diz Meu Cafezinho". Foto: Arquivo Pessoal Maria Helena Willrich Carnaval 1992, união dos blocos "Quis Um Gole", "Os Bundinhas", "Quereu Bebeu". Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense "100 Juízo" Foto: Gustavo Merolli "Sópranóis". Foto: Arquivo Pessoal Mateus Sales Uma turma de amigos do bairro Floresta fundaram em 1990 o “Quereu Bebeu” e juntos passaram muitos carnavais. Em 1994, com excelente bateria e criatividade nasceu o “100 Juízo” que até hoje faz um show à parte. Os atletas do time do Retranca de futebol renderam-se ao samba e fundaram o “Sopranois”, em 1998. Em 2004, amigos uniram-se no antigo formato de “cordões” apresentando os “Discafeinados”. O “Rebloco” nasceu em 2019 e é um fenômeno com a parceria da nova geração de amigos divertidos que fazem muito barulho! "Rebloco" Foto: Gustavo Merolli Sociedade Recreio Gramadense aguardando início da apresentação dos blocos. Foto: Gustavo Merolli E vem muito mais! Os detalhes das inesquecíveis histórias regadas a muito chopp, guaraná, cuba ou energético e que aconteceram no salão da Recreio, foram revelados por quem viveu neste lugar que faz parte das nossas vidas e continua esbanjando energia aos 105 anos! Que nosso espírito festeiro seja interminável! O Carnaval Recreio na Folia 2020 será amanhã, sábado 22/02 às 15h para as crianças e às 23h para os adultos, no salão principal da Sociedade Recreio Gramadense. APOIO:
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NAMORO DE CARNAVAL
Para Maria Helena Accorsi Willrich a Recreio sempre proporcionou o encontro entre gerações. “Falar de Recreio é falar das nossas raízes, sobre todas as gerações que se desenvolveram aqui. A Dona Zely Zatti Willrich, minha sogra sempre conta que foi na sala da casa dela que tudo começou, em 1915. A Recreio está completamente vinculada à cultura social de Gramado. É peça fundamental, cenário da nossa história. Eu era pequeninha quando meu pai foi presidente, mas lembro-me do esforço, do trabalho e dedicação dele. Parecia que o clube era uma prefeitura, pois havia envolvimento muito intenso de toda a comunidade, era um comando muito importante”. Baile dos Estudantes, Recreio Gramadense, anos 50. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich Baile das Hortênsias. Década de 60. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich Gersy e Thereza Accorsi com amigos em evento social em Gramado. Acervo Pessoal Mari Willrich Seu pai, o senhor Gersy Accorsi, foi presidente do clube na gestão de 1963 a 1965. Ela relembra com carinho o amor dele pela música. “Ele adorava cantar! Subia ao palco, pegava o microfone dos conjuntos enquanto apresentavam-se e encantava a todos com sua linda voz. Serenatas eram muito comuns na vida dele. Meu pai foi excelente cantor, um tenor com muita potência vocal. Fundador do Bloco dos Velhinhos, cantou em muitos casamentos também! Ele foi muito amigo dos senhores Eddi Oaigen, Almeris Peccin, Hugo Daros, Rugart Volk, Maury Pasqual e Euzébio Balzaretti, que também foram presidentes do clube. Minha mãe, Thereza Freitas Accorsi sempre o acompanhava. Eles me deixavam com a empregada e saiam juntos para decorar e organizar grandes eventos que envolviam os sócios e mobilizavam toda a comunidade”, conta. Festa de Casamento em Gramado, Gersy e Thereza Accorsi. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich Festa de Casamento em Gramado, Gersy e Thereza Accorsi. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich O primeiro baile de debutantes na Sociedade Recreio Gramadense foi organizado na gestão de Gersy Accorsi. “O salão estava decorado com uma linda cerejeira. Reproduziram um “Jardim Japonês” que ficou um encanto!! O que tinha de máximo em termos de dedicação e capricho era feito na Recreio” diz Mari. As meninas que foram apresentadas à sociedade naquela ocasião foram: Maria Lúcia Zatti, Ana Maria Ruschel, Ginês Maria Perini, Elaine da Silva Reis, Ines Mari Soares de Oliveira, Iara Maria Klement, Susana Willrich, Marilia Daros, Elóide Verena Müler, Liana Maria Ferreira, Wanderlei Peccin, Franci Maria Zatti, Teresinha Lorenzoni, Margot Dal Ri, Ingrid Kati Schwingel, Arlete Bertoluci, Sílvia Wilrich, Marlene Tissot e Maria Tomazelli. Primeiro Baile de Debutantes em Gramado. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich “Ser uma menina da sociedade era muito importante, naquela época. Para freqüentar a boate, precisava primeiro debutar. Eu debutei dez anos depois, com 13 anos. Antecipei, para participar da boate. Era o auge dos Beatles”, recorda-se. Debutante Maria Helena Accorsi, 1973. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich Debutantes Recreio Gramadense, 1973. Acervo Pessoal Mari Willrich “Relembrar na Recreio, me remete à imagem da querida Sílvia Zorzanello, sempre incansável e batalhadora. Bailes clássicos, como o dos 60 anos da Recreio foi apresentado pelo casal de cerimonialistas Enoir e a Sílvia, entre tantos outros eventos sociais. A festa das hortênsias teve um intervalo durante uns dez anos, aproximadamente. Voltou na década de 80 com a ideia da Sílvia resgatando destaques das edições anteriores, reproduzindo o túnel de hortênsias e o desfile das rainhas”. Festa de Aniversário 60 anos Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich Festa das Hortênsias, anos 80. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich “Tenho uma memória afetiva muito grande dos carnavais. Era o momento mais esperado. Minha mãe fazia as fantasias para mim. Desde os dois aninhos de idade eu já vinha no Carnaval. Cada ano, era um preparo, usei fantasias de Baiana, Fadinha e até Chiquita Bacana fazendo crítica ao imperialismo americano”. Carnaval Infantil Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich Maria Helena Accorsi, Carnaval Infantil, anos 60. Recreio Gramadense. Acervo Pessoal Mari Willrich Carnaval de Salão em Gramado, anos 80. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich Carnaval de Salão em Gramado, anos 80. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich "Mari de Caco e Caco de Mari" no Carnaval de 1978. Acervo Pessoal Mari Accorsi Willrich A história que a Mari conta e está muito presente em sua vida, é ilustrada pela foto que registra esse momento lindo. “O meu namoro com o Caco começou aqui. Foi uma noite muito especial, no carnaval de 1978 que a nossa química surgiu... Naquela noite, a amiga Liege Zatti, que consideramos nossa madrinha oficial, nos disse que nunca mais iríamos nos separar... Que formamos um lindo casal e que tinha certeza que nosso namoro daria certo! Enfim, casamos e nosso namoro de carnaval já ultrapassou uns 40 anos!" Ike Koetz e Mari Willrich, "Relembrando" na Recreio. Foto: Rafael Debacco APOIO:
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RECREIO NA FOLIA
Estamos quase chegando ao tão esperado feriado de Carnaval. Prepare sua fantasia para o melhor Baile de Carnaval de Salão da Serra Gaúcha! Garantindo a diversão, o brilho e a alegria com total segurança, RECREIO NA FOLIA 2020 está confirmado, mesmo com as obras para instalação do elevador no clube. Rainha do Carnaval 2020, Fernanda Schonardie, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli A tradicional festa de Gramado acontecerá no Sábado de Carnaval, dia 22 de fevereiro, no salão principal da Sociedade Recreio Gramadense. Carnaval em Gramado, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli Carnaval em Gramado, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli O Carnaval Infantil começará às 15 horas de sábado, dia 22 de fevereiro. As inscrições para o divertido Concurso de Fantasias serão realizadas durante o evento. As crianças deverão estar acompanhadas por adulto responsável. Carnaval Infantil em Gramado, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli Carnaval Infantil em Gramado, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli O Carnaval Adulto será às 23h30min, sábado, 22 de fevereiro. Haverá tradicional apresentação dos Blocos Carnavalescos Velhinhos Transviados, 100 Juízo e Rebloco. Após, a Banda Fama Festa Show segue animando os foliões durante a madrugada. Para quem não conhece, a energia é contagiante! Os artistas apresentam repertório atualizado e muita performance de palco. Carnaval em Gramado, Recreio Gramadense. Foto Gustavo Merolli Carnaval é o momento de jogar para longe toda a tristeza, embalado pelo samba e inspirado pela criatividade e brilho das fantasias. A festa ficará melhor ainda se estivermos na companhia dos amigos... Reserve a sua mesa e venha se divertir com a gente! Ike Koetz Presidência Recreio Gramadense Gestão 2018 a 2020
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BODAS DE DIAMANTE
O senhor Walmor Kuwer associou-se em 1951, quando ainda era solteiro e participou de quase todas as fases do clube. “Freqüentei muitos bailes, joguei bolão e assisti orquestras estrangeiras maravilhosas”, relembra. Em especial, fez questão de registrar com muito carinho à noite do seu casamento com a senhora Irene Casagrande, há 60 anos, Bodas de Diamante. “Associei-me ainda muito jovem quando Guilherme Dal Ri era presidente. Precisavam de dinheiro para terminar a parte de baixo da Sociedade Recreio, então filhos de sócios pagaram 50% da jóia na época e o clube angariou fundos para concluir a obra. Muitos amigos meus ingressaram desta maneira. Lembro-me de um Baile de Carnaval organizado no cinema porque a Recreio ainda estava em obras. Tiraram todas as cadeiras e nós ocupamos o salão do cinema para pular e dançar”. Participou do grupo de bolão 1º de Outubro que existiu de 1939 até 1966. “Joguei bolão por mais de 20 anos... eu adorava, era ótimo! Pagávamos mensalidade para jogar e quando sobrava dinheiro, fazíamos churrasco nas canchas atrás do clube. Sinto falta do tempo em que encontrava os amigos aqui”. Alguns componentes deste time foram Aquilino Libardi, Bruno Muller, Eugênio e Ângelo Benetti, Horst Volk, Karl e Rolf Rosenfeldt, Lindolfo Ruschel, Urbano Spengler, Evaldo e Rudi Sorgetz, Nailor e Flávio Balzaretti, Setembrino Boniatti, Willy Fassbinder e Waldomiro Manéa. Gramado, 1960. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família “Jamais esquecerei orquestras como Cassino de Sevilha e Cassino de Santa Cruz. Quem chegava à portaria e estivesse com a mensalidade de sócio atrasada não poderia entrar”, comenta. Gramado, 1960. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família Com emoção, lembrou-se da noite de seu casamento, fria e chuvosa em 30 de janeiro de 1960, no clube de alvenaria recentemente construido. Os noivos tinham religiões distintas e enfrentaram dificuldades para realizarem o sonho do casamento. “Sou evangélico e ela, católica. Decidimos com o pastor, realizar a cerimônia na Sociedade Recreio, um lugar neutro e tradicional”. Explicou que casamento entre evangélicos e católicos não era proibido, apenas um pouco complicado, naquela época. As interpretações do evangélico e do católico da Bíblia são diferentes e as cerimônias também. “Tudo aconteceu aqui e foi muito bonito! O pretor registrou o casamento civil, a cerimônia religiosa foi ministrada pelo pastor e o economato fez o nosso jantar”, registra. Naquela época, o casal de ecônomos era o senhor Luiz Roldo e a senhora Iracema Libardi. “No ambiente da festa havia uma mesa comprida, onde toda a nossa família e amigos estavam presentes. As cerimônias iniciaram cedo. Depois comemoramos com o jantar e dançamos até a meia noite”, conta. APOIO:
DESTAQUE
SUZANA STRASSBURGER - USINA
Empresária, Teóloga, Coaching, MBA em Gestão Empresarial e Pós Graduada em Estratégia de Marketing, Suzana Strassburger coordena a comunicação da Recreio há pelo menos 10 anos. Formada em Publicidade e Propaganda, trabalha na área gráfica desde adolescente. “Comecei na montagem do Jornal de Gramado, quando ainda se recortavam títulos das matérias e a impressão era de chapa com fotolito enviado para o Jornal NH”. Em 2007, iniciou como funcionária na filial da Agência Usina na área de marketing e começou a se dedicar aos clientes em Gramado. “Montamos estratégias, otimizamos verbas, reavaliamos desde a identidade visual, estudo da marca, contexto da história e canais de comunicação”, comenta. Suzana Strassburger. Agência Usina, Gramado, RS. No caso da Recreio, houve uma alteração na identidade visual. “Passamos do clássico ao contemporâneo, não só visualmente, mas em termos de proposta, estratégia e foco. Durante um período, o clube desconhecia a postura incisiva na captação de eventos”. Existe a comunicação diferenciada para cada tipo de público e a identidade que precisa ser considerada. A essência não pode se perder na linguagem. “A Recreio tem uma identidade centenária, uma história a ser preservada e uma imagem contemporânea. O conceito exige extremo cuidado”, explica. A Usina entende as expectativas e define o conteúdo da linguagem e os canais que serão utilizados para abordagem. Divulgação 100 Anos Recreio. Agência Usina, Gramado, RS. Branding representa o processo de construção da marca. Há a preocupação em identificar o público certo, no tempo adequado em todos os projetos. O grande desafio é trabalhar de uma forma equilibrada. “Clientes que estão comigo há uma década são ótimos motivos para comemorar. A Recreio é um bom exemplo e uma grande conquista! A primeira campanha foi na comemoração de 94 anos do clube. É um tremando desafio manter clientes com a oscilação do mercado”. Revista Recreio 2018/2019. Agência Usina, Gramado, RS. A Usina reflete evolução em todos os seus clientes. “Mudamos o conceito de “Comunicação Inteligente” para “Energia Criativa”. Focamos para a marca e a projeção no mercado exigente, correspondendo à proposta da empresa. O mercado online obrigou-nos a adequar a comunicação e reposicionar identidades visuais, desenvolver site responsivo. Busquei cursos de gerenciamento de mídias sociais, de Google, wedword, vendas online, me inserindo nesta nova realidade. A mídia online atua em sintonia com mídia off-line e não existe uma sem a outra. Mergulhei nesse mundo para descobrir o posicionamento por segmento e por canais como Facebook, Instagram, site, e-mail marketing, revista, folder e tantos outros. Ou te inseres, ou o mercado te joga para fora”, justifica. Segundo estatísticas, 60% a 80% da busca para compra é online e esta evolução é constante. “Ainda assim, acredito que nada substitui o relacionamento, contato físico e o atendimento presencial. Faço o atendimento constante. Reuniões com vídeo chamada, gerenciamento de pauta, são práticas rotineiras com o Fernando e Alisson. Trabalhamos juntos há cinco anos”. Folder divulgação Reveillon na Serra 2019. Agência Usina, Gramado, RS. A equipe da Usina é realmente muito especial. “Fizemos sessões de coaching com auto análise, definimos ponto real e ideal e descobrimos muito sobre a agência e sobre nós, como indivíduos. Passamos de uma comunicação superficial para a relacional. Desenvolvemos laços de comprometimento, segurança e inspiração. Honramos o nosso trabalho juntos e isso não tem dinheiro que pague, é muito gratificante. Desconstruímos conceitos e desenvolvemos críticas que fazem a diferença avançando a cada dia. Abrimos um leque na filosofia, sociologia, psicologia e teologia, áreas que eu gosto muito”. Suzana apresenta ainda o programa De Bem com a Vida, na Integração Web, frequência digital com diversos assuntos como saúde, bem estar, dicas com exemplos para vida, adoção, experiências, voluntariado, entrevistas, e histórias de conquistas, desafios, missões sociais representativas internacionalmente. Equipe Agência Usina, Gramado, RS. “A minha família está muito ligada a Recreio. Em 1932, meu avô Oscar Fisch foi presidente e minha mãe cresceu aqui. Atender o clube hoje, entender a concepção atual acompanhando o tempo dessa nova gestão, é uma honra. Atravessamos a linguagem mais clássica, de um tempo em que estava mais retraída e aos poucos estamos atingindo a mudança na postura e linguagem. É uma referência no Estado como Clube Social que faz jus a sua história e sinto muito orgulho em fazer parte dela”. Folder Projeto Relembrando 2019. Agência Usina, Gramado, RS Contatos: www.usinanet.com.br https://www.facebook.com/agenciausinagramado/ Insta:agenciausina Whattsapp: +55 (54) 99966-2690 Rua Reinaldo Baqui 99 - Bairro Avenida Central Gramado/RS
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TEMPOS DE OBRAS
Flávio Koetz relembra antigas conversas que teve com o seu pai, sobre o desenvolvimento da cidade. Em 1955, Orlando Koetz veio de Taquara a convite de Walter Bertolucci, trabalhar como Agrimensor no setor de Projetos e Obras da Prefeitura, logo que foi instalada, dando origem ao primeiro mapa de Gramado, na emancipação. “Ele trouxe a nossa família para morar aqui e em seguida comprou o título do clube. Em 1957, o pai foi tesoureiro na gestão do então presidente Heitor Klein. Nesta época a orquestra “Cassino de Sevilha” se apresentou aqui. Eu era pequeno e recordo-me muito da repercussão positiva deste evento que trouxe os músicos famosos da América do Sul. Minha mãe Terezinha Tarragô Koetz, participou do grupo feminino de bolão Flor da Serra. Meu pai jogava bolão no grupo Combate e muitas vezes, ajudei a montar os pinos de madeira na cancha em troca de refrigerantes e sanduíche”, conta Flávio. Centro de Gramado, 1945. Foto: Acervo Maury Pasqual Quando nossa família começou a conviver em Gramado, a obra do prédio de alvenaria que iniciou em 1947, já havia sido concluída. “A construção teve como influência os filmes que retratavam Cuba, como ”Copacabana”. Muitos foram os responsáveis pela obra, mas principalmente o Sr. Aquilino Libardi, pedreiro, que muito construiu aqui. Meu pai contou-me que aos poucos a comunidade juntava tijolos, cimento, telhas de zinco. O piso parquet taco 7x21 que temos até hoje veio no caminhão do Sr. Anibaldo Ramm. Na época da gestão do Sr. Guilherme Dal Ri, ele próprio assentava os tacos de parquet no salão principal”. Orlando e Terezinha Koetz, Augusto e Elma Helmuth. Foto: Acervo Pessoal Terezinha Koetz Delegado Melgaré e esposa, Orlando e Terezinha Koetz, 1963. Foto: Acervo Pessoal Terezinha Koetz Flávio foi Diretor de Patrimônio na gestão do presidente Irdilo Pizzolotto em 1979. “Lembro-me de uma época de muita carência da participação da comunidade. Batíamos de porta em porta para convidar as pessoas, vender os convites para as festas no clube. O advento dessa administração, a pedido dos associados, foi à construção de duas canchas de bocha cobertas ao lado das canchas de bolão. Fizemos rifas para angariar fundos e construir esse espaço que foi muito frequentado, por alguns anos”. Quando Martin Volk assumiu como presidente em 1981, seguiu como Diretor de Patrimônio. ”Foi uma administração muito equilibrada e organizamos um lindo baile de debutantes na majestosa apresentação das moças a sociedade. Convidamos a Ieda Maria Vargas Atanasio, a nossa eterna Miss Universo gramadense de temporadas sazonais para ministrar curso de etiquetas, ensinando boas maneiras para as meninas que deveriam saber como se comportar em eventos sociais. Acompanhei os presidentes Gentil (1983), Pedroca (1985) e Paulinho Volk (1989), pessoas especiais que se dedicaram muito pelo sucesso de nossa Recreio Gramadense”. Flávio Koetz, Clélio Tisott, Irdilo Pizzolotto, Dirceu Daros. Acervo S.R.G. Velhinhos Transviados, Baile Municipal de Carnaval em Gramado. Foto: Acervo Pessoal Flávio e Arlene Koetz. Carnaval Gramado. Foto: Acervo Pessoal “Boas recordações tenho dos bailes de Carnaval, do Suéter e de Debutantes na Recreio. Frequentei desde criança o carnaval, logo quando viemos morar aqui. Acompanhei os Velhinhos Transviados desde sua formação em 1965, muito antes de eu fazer parte. Imaginem aqueles homens sisudos e mulheres discretas, que comandavam as grandes empresas da cidade, fantasiados. Eram os antigos Verdugos Transviados. Impactaram de uma forma muito positiva, vestidos de Chineses, de Palhaços e Ciganos. Foi o bloco que nasceu para iniciar o baile de carnaval da Sociedade Recreio Gramadense e permanece até hoje. Com emoção, lembro-me dos 25 anos da minha vida em que eu e minha esposa participamos com amigos muito queridos”, diz. Carnaval Gramado, encontro entre gerações Gercy Accorsi e Flávio Koetz. Foto: Acervo Pessoal Mari Willrich “A Recreio Gramadense sempre proporcionou encontros da sociedade desde a sua fundação. Lembro-me dos economatos que serviam almoços aos domingos. À noite, durante a semana, reuniam-se as turmas do bolão, bocha, carteado, os caçadores e contadores de causos. Tomavam aperitivos, jantavam, contavam piadas. Momentos de confraternização entre várias tribos e várias gerações. Sinto saudades deste tempo, do convívio olho no olho”. APOIO:
RELEMBRANDO
BODAS DE OURO
Pedro Henrique Bertolucci e Susana Willrich casaram-se na Igreja Matriz São Pedro, no dia 10 de janeiro de 1970. A festa e o cartório foram na Sociedade Recreio Gramadense. São Bodas de Ouro! Meio século de vida a dois que geraram três filhos e netos. Relembrando com Pedro Bertolucci é ilustrado com imagens de acervo pessoal, da festa que aconteceu aqui e conta um pouquinho sobre uma vida que começou na Recreio há mais de cinco décadas atrás. Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família Pedro começou como armador do grupo de bolão Castelo. Participou do Departamento Social na década de 60 e como Conselheiro de 1967 até 1971. Sucessor de Clarindo Tisott, foi o segundo presidente do Orbis Clube de Gramado, que assim como os demais Clubes de Serviço, surgiu aqui na Recreio. Daminhas: Eloisa Bertolucci, Carla Zatti Haas, Ana Rita Brentano, Andrea Perine, Silvana Brock. Foto: Álbum da Família Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família “Como Presidente do Grêmio Estudantil, organizei muitos Bailes dos Estudantes junto com a minha grande parceira, a Sílvia Willrich e com a Susana que mais tarde tornou-se minha esposa. No tempo em que eu era açougueiro, saía do trabalho, tomava banho e vinha para cá namorar a Susana”, conta. Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família “Desde cedo promovemos Gramado, no braço. Enfeitávamos a Sociedade, buscávamos inspiração no DNA de quem construiu a nossa região na década de 20, chegando de trem para morar aqui. Juntos, montamos imensas decorações com hortênsias desde a rua, calçada e até dentro do salão. Cerca de quarenta jovens trabalhavam conosco e lembro-me que tínhamos todo o cuidado para colher sempre as flores de trás, nunca às da frente, para não comprometer o visual da cidade. Fizemos túneis, arcos, cada ano de um jeito diferente. Promovíamos reuniões dançantes e vários atividades a que se propunha um clube social. Outro grande acontecimento foram Bailes de Debutantes. A gurizada era festeira e eu não perdia um! Eu vim a quase todos e dancei com a Susana, no primeiro, quando ela debutou”. Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família Segundo ele, “quando Sílvia e eu fomos diretores sociais, fizemos uma grande mudança dentro do clube incentivando a participação da comunidade nos blocos de carnaval. Surgiram então o Apito do Samba, Monarcas do Ritmo, Crentes da Folia, Prá que Dinheiro. Os blocos tiveram uma função importante em trazer as pessoas para o convívio social. Serviram de caminho para interação da juventude. Aproximaram as pessoas que moravam afastadas do centro, em outros bairros ou eram de fora da cidade. Movimentamos também na recreação esportiva. Organizamos o primeiro Campeonato Municipal de Futebol de Salão, pois o esporte também unia as pessoas. Foi aqui que iniciou minha vida política”, conta. Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família “A Recreio tem o contexto da história da nossa cidade no aspecto social, político, turístico e cultural”, comenta. "A união das pessoas no clube, naquela época é um exemplo de como o gramadense se posicionou durante muito tempo; como se Gramado fosse o seu sobrenome". Recorda-se que no tempo em que foi Conselheiro, muitas questões municipais e assuntos da comunidade que transcendiam o espaço da Recreio, foram debatidas no clube com membros da comunidade influentes e com a participação ativa. “Decisões importantes foram tomadas aqui”, justifica. “Desavenças políticas eram ferrenhas, pois desde a emancipação sempre houve dois lados e isso nunca pesou aqui dentro". Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família "Apurações de votos, na época em que concorri a Prefeito, as cerimônias de posse na primeira e segunda vez em que fui eleito, aconteceram aqui". Os escrutínios foram uma eleição à parte. “A Recreio foi um ambiente político importante, com muito voto discutido no grito e defendido pelos fiscais de cada partido”. Gramado, 1970. Casamento na Recreio. Foto: Álbum da Família Existe uma galeria de personalidades com papel fundamental no desenvolvimento de Gramado, assim como Pedro Bertolucci que muito trabalhou pela cidade. “Cada um na sua época e com os seus desafios”, como ele diz. “Nossa cidade é diferente, por que o nosso povo é diferente. A sensação de pertencimento e paixão que temos pela nossa terra foi o que nos trouxe até aqui. Deixar um legado e abrir caminhos para que outros possam seguir é importante, mas é preciso estar atento aos ajustes. Acho que o que nos alimenta são os nossos projetos e me dedico há muitos simultaneamente. Se vão acontecer todos, eu não sei, mas temos que ter vários e persegui-los. Meu pai sempre dizia: Nunca perca a cisma e segue em frente”! APOIO:
ATUALIZANDO
RECREIO PARA TODOS
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população do mundo possui algum tipo de deficiência. No Brasil, são 45,6 milhões de pessoas, o que equivale a 23,91% da população brasileira, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É comum ligarmos a palavra acessibilidade apenas aos deficientes físicos, especificamente cadeirantes. Quando falamos em um clube que completará 105 anos, podemos analisar que nossa preocupação com acessibilidade é muito mais ampla. Com a evolução da medicina e tecnologia, a expectativa de vida está aumentando e garantindo o envelhecimento saudável da população. A OMS prevê que o número de idosos triplicará no Brasil e isso nos faz refletir sobre a importância da qualidade de vida para todos. Idosos, gestantes, operados e outros grupos com mobilidade reduzida, merecem nossa atenção. É direito de todas as pessoas se locomoverem com segurança, independência e sem constrangimento. Precisamos estar preparados para receber a todos. No Brasil, estamos em desenvolvimento quando o assunto é a promoção de acessibilidade e atendimento prioritário, imediato e diferenciado às pessoas com necessidades especiais. Garantir a consciência da população em geral ainda é um desafio cultural para melhorar a convivência no futuro. Infelizmente testemunhamos cidadãos estacionando em vagas especiais, sem necessidade. Comportamento que evidencia a ausência do respeito ao próximo. Pensando em garantir maior autonomia e segurança, planejamos uma obra para instalação do elevador e uma plataforma de acessibilidade, em todos os andares. Temos total consciência que a falta deles é um grave limitador para que pessoas com dificuldade de locomoção e acima dos 60 ou 70 anos, prestigiem os eventos que realizamos aqui. Este é o início do projeto de adequação do nosso clube social de Gramado, para facilitar o acesso a todas as pessoas. O cronograma da obra está previsto para iniciar no dia 06 de janeiro e deverá ser concluído próximo ao aniversário da Recreio, em abril. Contamos com a compreensão de todos durante este período. Desejamos que este ano seja repleto de saúde e alegria para todas as nossas famílias! Feliz 2020!! Ike Koetz Presidência Recreio Gramadense Gestão 2018 a 2020